A importância da Vitamina D para o bem-estar do organismo é algo que muitos de nós subestimavam, mas que se tornou um grande ponto de discussão devido ao momento no qual nos encontramos. Tendo em vista as limitações impostas sobre as formas usuais de repor o nutriente em nossos corpos, é muito mais comum vermos a ocorrência de doenças em face da deficiência de Vitamina D.
A hipovitaminose é nome dado à deficiência de vitaminas no geral, o mesmo se aplica a deficiência de Vitamina D. Baixos níveis de vitamina D pode ocorrer tanto em pessoas que têm tido pouca exposição ao sol, quanto aquelas que ingerem alimentos ricos em lipídios e não possuem uma boa absorção ou tem uma alimentação sem ou com pouca presença de lipídios.
O que é Vitamina D
Vitamina D é o nome pelo qual conhecemos um grupo de compostos lipossolúveis que têm função como nutrientes essenciais para o organismo. Podemos encontrar tais compostos em duas formas: Vitamina D2, também chamada de ergocalciferol, de origem vegetal e na qual a absorção ocorre apenas pela alimentação; e Vitamina D3 ou colecalciferol, de origem animal e que pode ser sintetizada pelo corpo através da exposição da pele aos raios solares.
O papel da Vitamina D no organismo é extenso. Além de atuar como reguladora do cálcio no organismo, permitindo sua absorção pelo intestino para que as células funcionem e os ossos e dentes sejam fortalecidos, exerce considerável influência sobre inúmeros aspectos do sistema imunológico.
Doenças causadas pela falta de Vitamina D
Há uma grande variedade de doenças comumente associadas à baixos níveis de Vitamina D, como depressão, câncer, fraqueza muscular, fraqueza óssea e obesidade.
Vale lembrar que a associação não implica necessariamente um nexo de causalidade direto entre a deficiência em vitaminas ou hipovitaminose e as doenças listadas, mas estas podem ser prevenidas ou abrandadas caso a pessoa estiver com níveis adequados da vitamina no organismo.
Fragilidade Óssea
Doenças relacionadas à fragilidade óssea provocadas em decorrência da falta de vitamina D no organismo se manifestam em diversas formas dependendo da idade na qual a pessoa é acometida pela hipovitaminose: na infância temos o raquitismo, que é felizmente raro na atualidade devido à profusão de alimentos fortificados; em adultos baixíssimos níveis de vitamina D leva à osteomalácia (que é também chamada de raquitismo adulto), caracterizada por dores vagas porém intensas nos ossos e músculos.
Fraqueza Muscular
A hipovitaminose também é associada a fraqueza muscular, o que é especialmente preocupante nos idosos visto que músculos mais fracos tornam mais provável a ocorrência de quedas com repercussões potencialmente graves.
Devido a essas complicações, é comum que a alimentação recomendada para pessoas de idade avançada com a pele sensível demais para passar períodos prolongados sob o sol contenham alimentos ricos em Vitamina D.
Também foi concluído, em um estudo da revista Tech Explorist, que a deficiência de Vitamina D é um fator de risco independente (isto é, um fator que não depende de outras condições para ser considerado) quando se trata de insuficiência cardíaca causada por resistência à insulina.
Câncer e Doenças autoimunes
Quando nos expormos com frequência ao sol garantimos a ter Vitamina D na nossa corrente sanguínea, além de uma dieta balanceada e suplementação adequada têm papel fundamental na prevenção de inúmeras doenças não necessariamente causadas pela deficiência desse nutriente.
Doenças provocadas pela multiplicação anormal das células, tal como o câncer, estão entre aquelas que podem ser prevenidas pela manutenção da quantidade recomendada de Vitamina D no corpo. Ainda sobre isso, deve-se lembrar que a exposição ao sol precisa ser feita com cuidado em horários nos quais o sol está mais brando para evitar a ocorrência de câncer de pele.
A Vitamina D também atua no sistema imunológico e por isso é importantíssima para o tratamento de doenças autoimunes como a artrite reumatoide e a esclerose múltipla.
Doenças cardiorrespiratórias
Nos últimos anos, as ações da vitamina D que vão além de seu papel na estrutura óssea e muscular da pessoa têm sido amplamente estudadas e documentadas. Em inúmeras pesquisas recentes, foi frequentemente constatada uma associação entre a hipovitaminose e um aumento do risco não só cardiovascular, como de hipertensão.
De acordo com o endocrinologista Michael F. Holick, é possível reduzir até pela metade a chance de ter hipertensão, Acidente Vascular Cerebral (AVC), e ataque cardíaco se os níveis de Vitamina D estiverem dentro do recomendável.
Em outras pesquisas, foi também observada uma redução de risco de infecção das vias respiratórias superiores em adultos, a exemplo dos sintomas da gripe H1N1, em indivíduos com níveis de Vitamina D dentro do considerável suprir as demandas do corpo para estar saudável.
Também foi constatado que, nas crianças com diagnósticos prévios de asma houve uma redução de 74% no risco de expressar a forma grave dessa doença ao receberem a suplementação de Vitamina D.
Obesidade
A presença de Vitamina D tem um papel fundamental para regular o funcionamento dos adipócitos, que por sua vez são participantes ativos no processo que sinaliza saciedade — a sensação de que não precisamos de mais comida — ao cérebro. Quando estamos satisfeitos, os adipócitos secretam a leptina, um hormônio diminui nosso apetite e assim nossa ingestão de comida, permitindo que só nos alimentemos da quantidade necessária para manter nossa saúde em dia sem excessos.
A falta de vitamina D atua na ação da leptina que é um inibidor de apetite que também atua controlando o peso corporal. Assim, há uma correlação entre a hipovitaminose e o aumento de peso decorrente do consumo excessivo de comida, que pode inclusive levar à obesidade.
Estudos apontam também que a obesidade dificulta a transformação da vitamina D para sua forma ativa, aquela que de fato desempenha as funções necessárias para o organismo. A combinação desses dois fatores pode inclusive aumentar o risco de doenças ainda mais sérias como a diabetes.
Depressão
O Journal of Post-Acute and Long-Term Care Medicine publicou um uma pesquisa científica que concluiu que a deficiência de vitamina D pode causar um aumento no risco de depressão para diversas faixas etárias, com uma chance 75% maior em pessoas mais velhas.
Embora esse resultado que apontou a relação de causa e consequência entre alimentação e saúde mental seja recente, outras pesquisas científicas já tinham alertado que a deficiência de vitaminas aumenta a chance de se ter problemas de saúde mental.
Como muitas células e tecidos possuem a capacidade de produzir a vitamina D e ela contribui para que vias metabólicas e funções celulares ocorram corretamente, ela é considerada um hormônio multifuncional, segundo médico Roberto Dischinger Miranda (geriatra e cardiologista).
A vitamina D é importante para o funcionamento do cérebro por estimular a geração serotonina, neurotransmissor que atua no humor, sono, temperatura e outros processos do corpo. Essa atuação da vitamina D explica a sua importância em auxiliar no combate à depressão.
Qual o nível normal de Vitamina D no sangue?
Segundo comunicado recente publicado pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial (SBPC/ML), os valores normais da Vitamina D na corrente sanguínea variam entre 20 a 30 nanogramas por mililitro (ng/mL) de sangue. Quem possui os níveis do nutriente nesse intervalo não necessitam de reposição.
O posicionamento do Departamento de Metabolismo Ósseo e Mineral da SBEM, outra autoridade no assunto, deixa delimitadas as implicações dos diferentes níveis de Vitamina D no organismo:
- 20 ng/mL ou superior é a quantidade ideal no que diz respeito à população geral saudável;
- O intervalo entre 30 e 60 ng/mL é indicado para pacientes com doenças ósseas, hiperparatireoidismo secundário, doenças inflamatórias, doenças autoimunes, grávidas, idosos e afins;
- Entre 10 e 20 ng/mL são índices considerados abaixo do recomendável, que podem causar a remodelação óssea e, consequentemente, perda de massa óssea, podendo ocasionar ainda doenças ósseas como osteoporose e fraturas;
- Menos de 10 ng/mL é uma quantidade perigosamente baixa, pois a deficiência de vitamina D pode causar a mineralização óssea, osteomalácia e raquitismo.
Esperamos que tenha gostado de conhecer as doenças e implicações que Doenças causadas pela falta de Vitamina D podem causar no corpo humano.
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