Em sua opinião, uma pessoa com depressão deve procurar um psicólogo ou psiquiatra? Se você ficou pensativo a respeito, ou mesmo se não sabe dizer a diferença entre cada profissional, então, precisa continuar a leitura deste conteúdo.
No entanto, antes de tudo, é importante que você saiba algo em comum sobre eles: ambos lidam com a saúde mental e tudo o que for derivado dela, como transtornos e problemas. O objetivo dos dois é promover o bem-estar e a satisfação, mas a atuação deles acontece de maneira diferente.
Que tal, então, entendermos quando se consultar com cada um? Basta continuar a leitura!
Qual o papel do psicólogo?
O psicólogo é o profissional formado em Psicologia. Seu curso dura 5 anos e, nesse período, ele estuda matérias relacionadas ao comportamento humano, a partir da visão de diversos teóricos. Quando segue a área clínica, ele ainda pode se especializar em alguma abordagem, como:
- psicanálise;
- humanismo;
- gestalt;
- análise comportamental;
- cognitivo-comportamental.
A abordagem é o modo como o profissional analisa o problema trazido pelo paciente e conduz as sessões. Apesar de bem diferentes, todas têm o mesmo propósito: tratar a dor e encontrar uma solução que deixe a pessoa mais satisfeita. Sendo assim, não há como dizer que uma delas é melhor que a outra.
As sessões com um psicólogo costumam envolver muitas conversas. É por meio do conteúdo levado pelo paciente que o profissional faz sua análise sobre o caso e ajuda a pessoa a perceber possíveis saídas.
Não cabe ao psicólogo dar conselhos ou dizer o que cada um deve fazer. Ele auxilia o paciente ao fazer perguntas que o levem a refletir sobre questões importantes e, dessa forma, encontrar a resposta que tanto procura.
O profissional pode conversar sobre angústias passadas, atuais ou futuras, de modo a facilitar que a pessoa tenha uma melhor compreensão de si e da decisão a ser tomada.
Sua forma de trabalhar ainda depende da idade do paciente e do problema trazido. Por exemplo, uma psicoterapia com crianças costuma ser mais lúdica.
Por meio de brincadeiras, pinturas e atividades, o psicólogo tem condições de analisar a personalidade, estabelecer confiança e ajudar seu mini-paciente a solucionar um problema.
Já ao atuar com uma pessoa adulta que tenha compulsão alimentar, por exemplo, ele precisará conversar muito para entender em quais momentos o comportamento ocorre, quais os pensamentos de antes e depois, entre outros.
O diálogo é tão importante em uma psicoterapia que seus efeitos positivos são conhecidos há mais de um século. Vem daí o termo “catarse”, o qual, de forma simplificada, significa “a cura pela fala”.
Por fim, para estar apto a trabalhar, o profissional precisa estar inscrito no Conselho Federal de Psicologia e ter a autorização do órgão regional, o CRP (Conselho Regional de Psicologia).
Qual o papel do psiquiatra?
O psiquiatra é formado em Medicina. Primeiro, faz seu curso da maneira comum (que dura em torno de 6 anos), vendo todas as disciplinas relacionadas a essa graduação, como anatomia, angiologia e genética.
Após a formação, o profissional faz a residência médica ou a especialização em Psiquiatria. Assim, ele tem um estudo mais profundo em farmacologia e transtornos mentais.
Em sua atuação, realiza diagnósticos e trata distúrbios mentais, como ansiedade, depressão, esquizofrenia e transtorno bipolar. Ainda que possa conversar com o paciente e entender a situação, seu principal papel é receitar medicações que possam trazer melhorias ao bem-estar. Antidepressivos, ansiolíticos, estabilizadores de humor e antipsicóticos são alguns exemplos desses fármacos.
Para que o tratamento tenha sucesso, ele precisa ter um conhecimento grande de como cada transtorno afeta o humor e o comportamento. Também precisa saber como cada medicação atuará no sistema cognitivo. O acompanhamento com o paciente deve ser constante para avaliação sobre sintomas, reações adversas, recaídas e melhorias.
A ideia é que os fármacos deem um empurrão para o paciente se envolver em comportamentos de mudanças e enxergar uma luz no fim do túnel. No entanto, eles precisam ser retirados aos poucos.
Para trabalhar, o profissional precisa estar inscrito no Conselho Federal de Medicina e ter a autorização do órgão regional, o CRM (Conselho Regional de Medicina).
Afinal, você deve decidir pelo psicólogo ou psiquiatra?
Bem, agora que você já conhece um pouco mais sobre a função e o modo de atuação de cada profissional, fica mais fácil escolher.
É interessante, antes, que você saiba que, na graduação, ambos estudam matérias relacionadas às duas áreas, pois, muitas vezes, elas se complementam para explicar determinada disfunção.
Por exemplo, é bem comum que o estudante de Psicologia tenha aulas teóricas e práticas de anatomia. Entender como funciona o organismo e o modo como hormônios e neurônios influenciam nosso estado mental é de suma importância.
Da mesma forma, o estudante de Psiquiatria costuma ter alguma disciplina relacionada à Psicologia, já que precisa ter noção do comportamento humano ao fazer seu diagnóstico.
Agora, voltando à nossa pergunta, para você se decidir entre psicólogo ou psiquiatra, é interessante entender seu objetivo e sua demanda. Entenda mais:
Por exemplo, caso esteja indeciso entre continuar em um relacionamento amoroso e pôr fim à relação, o psicólogo é o profissional mais interessante.
Como ele trabalha por meio da fala, tem condições de ajudar você a analisar sua situação e possíveis consequências de cada decisão. Já uma pessoa com crises de ansiedade poderá ter benefícios ao se consultar com um psiquiatra que provavelmente receitará um ansiolítico.
No entanto, é muito comum que ambas as profissões se completem. Alguém com depressão profunda e que mal saia da cama, por exemplo, dificilmente, terá energia ou raciocínio para falar sobre si e suas tristezas.
Nesse caso, é provável que essa pessoa tenha mais sucesso ao começar o tratamento com um psiquiatra, que poderá receitar um antidepressivo. Depois, entra o psicólogo, fundamental para ajudar o paciente a se envolver em comportamentos que o façam ter uma vida mais satisfatória.
Como cada profissional tem suas vantagens e atua de modo distinto, é habitual que, a depender da situação, um encaminhe o paciente ao outro, e os dois trabalhem juntos. Um com foco na medicação, e o outro, no engajamento com a mudança, no autoconhecimento e na aquisição de comportamentos mais frutíferos.
Agora, você conseguiu descobrir quando se consultar com um psicólogo ou psiquiatra? Não deixe de procurar ajuda para seus problemas, pois sua qualidade de vida depende do seu bem-estar emocional.
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